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domingo, 29 de agosto de 2010

A vitória – mais uma – de Ricardo Teixeira: estádio corintiano abrirá a Copa em São Paulo

Segundo nota oficial conjunta do governador e do prefeito de São Paulo, o estádio da cidade para sediar os jogos da Copa 2014 será o do Sport Club Corinthians Paulista. O estádio está em projeto, ainda não conhecido, e tem custo estimado de 300 milhões de reais, para uma capacidade de 48.000 torcedores. Como as autoridades e a confederação pretendem que o jogo de abertura seja na cidade, o estádio precisará ter sua capacidade prevista aumentada para, pelo menos, 60.000 lugares. O governador e o prefeito declararam que não será empregado dinheiro público na obra.


E, com isso, Ricardo Teixeira impõe sua vontade sobre autoridades constituídas dessa república.


O desenrolar de ações que conduziu a esse, provisório, final, mostra com clareza que a confederação, particularmente na pessoa de seu presidente, jamais quis que o Morumbi fosse escolhido, não importando quantas alterações e reformas viessem a ser feitas. A pá de cal foi a eleição para a presidência do Clube dos 13, em que o candidato da confederação foi derrotado, apesar das ações ilegítimas, para dizer o mínimo, com que a direção da entidade responsável pelo futebol brasileiro tentou minar a candidatura Koff, com pressões políticas e financeiras sobre diversos clubes. Para os que cederam, às pressões seguiram-se as benesses, na forma de empréstimos, por exemplo. Para os tomadores, o pior foi o fato dos empréstimos virem recheados de altos juros, afinal, detentores do poder nunca dão pontos sem nós.


Apesar dos prazos já vencidos, o projeto do estádio corintiano terá que ser submetido à FIFA para aprovação. Pelo menos é o que reza a cartilha.

Uma coisa interessante nessa história toda é o custo estimado da obra: apenasmente, nesses tempos permanentes de Odorico Paraguaçu, 300 milhões de reais. Um custo baixo, bem inferior ao de outras arenascopísticas espalhadas por Pindorama. Como, por exemplo, os 591 milhões para a Fonte Nova, em Salvador.


Os custos para se erguer uma obra em São Paulo são bem maiores que em Salvador, pois os custos em geral e o custo de vida, em consequência, são bem maiores na capital paulista que na capital baiana. Nada de anormal ou estranho nisso, posto que São Paulo é uma cidade muito maior e de renda média mais elevada. Apesar disso, a estimativa para a Fonte Nova é, praticamente, o dobro do custo estimado para o estádio do Corinthians, ambos com tamanhos próximos. Como é possível tamanha discrepância de valores?


Ah, sim, um detalhe importante: a construtora ligada às duas obras é a mesma, a Odebrecht. Essa é a pergunta e a estranheza que O Estado de S.Paulo levanta em matéria a respeito.

A construção do estádio em Itaquera tem um ponto extremamente positivo, ao menos em tese: estimulará o desenvolvimento de uma região da cidade que precisa, sem a menor dúvida, de muitas melhorias. Não que o Morumbi, por exemplo, esteja livre dessas necessidades, até porque o bairro abriga a maior favela da cidade de São Paulo, mas, de maneira geral, Itaquera é realmente muito mais carente.


Politicamente, o governador paulista e o prefeito paulistano saem limpos do imbróglio, posto que a obra, em tese, não receberá verbas públicas.


Algumas questões, numa outra sociedade, num outro país, deveriam ser respondidas pelo presidente da República, que apoiou publicamente a escolha do Morumbi e de repente mudou sua posição e não só apoiou como, de acordo com o mesmo jornal e outras fontes, conduziu diretamente as negociações entre as diferentes partes para que se chegasse a esse desenlace. Num cenário dominado pela eleição presidencial, diz-se que a construtora concordou com os termos do acordo para agradar ao presidente e à sua candidata, favorita destacada para assumir a presidência em 2011.


Também segundo “O Estado”, a FIFA fará uma injeção de recursos para permitir o aumento da capacidade de 45.000 para 70.000 (ou 60.000) lugares.


E assim segue o virtual reinado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, rumo a 2014. E logo depois teremos 2016.


Haja Brasil para tanta despesa.


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